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Mostrando postagens de novembro, 2013

Te assustam as perdas?

Me assustam as perdas. Pelos ganhos você batalha, e no mínimo espera. Mas ninguém batalha pelas perdas, muito menos, espera por elas. Os ganhos nunca são tão surpreendentes quanto as perdas, visto que, por eles, se espera. Se espera um grande amor, um emprego novo, uma casa nova, um filho! Mas ninguém espera pelo fim de um amor, ninguém espera perder um emprego, ou perder a casa num desabamento, muito menos a perda de um ente querido. A morte! A perda vem sorrateira, misteriosa. Fica ali, a espreita. E quando vem, pega de surpresa. Será então melhor, enquanto batalha pelos ganhos, esperar pelas perdas que podem surgir? Ou será que não?! Vai que atrai. Mas se ela vem e te dá uma rasteira? Será que dá pra levantar e sacudir a poeira? Como nem só de perdas, nem só de ganhos se vive. Melhor se preparar pra perda, com a própria perda, se houver. [ Christiana Chagas ]

Futuro abstracionista

Não quero pregar o futuro num quadro na parede, não quero olhar pra ele ali, pendurado, como quem olha os quadros pendurados numa exposição e vai embora, e depois fica pensando nos quadros, analisando, estudando! Pinto as telas do Passado! Aí sim, passado combina com saudade, com nostalgia. O futuro e o presente, estão e são o hoje, o agora. Enquanto pinto as telas do passado do presente, escrevo o futuro do presente, nos rascunhos que pretendo passar a limpo. Prefiro passar todos os meus rascunhos a limpo, e editar o livro do futuro. A pintar um futuro abstrato, pra ficar olhando, ali, pendurado na parede. [ Christiana Chagas ]

Sede de você

Queria beijar-te, mas minha boca impediu-me. Senti teu cheiro, teu toque, tua respiração. Mas fiquei sem teu gosto. Queria beber-te, mas não consegui matar minha sede. Ah boca! porque nossas bocas e línguas não puderam se entrelaçar?! Porque fizestes isso comigo?! Eu que bebo dessa fonte! Logo eu que digo tão doces palavras, e que sopro a brisa do amor pelos ares?! Devo merecer esse susto! essa seca! essa sede! Oh boca minha! Liberta-me para um só gole nessa fonte! Dá-me o beijo de volta! Acaba com essa minha sede! [ Christiana Chagas ]

Casa Vazia

O Amor vive em mim, mas a casa vazia, não se sustenta sem a alegria que traz meu jovem e saltitante coraçãozinho pulsante. Sem sua presença, ainda que o amor viva em mim, não se materializa de fato. Só o amor que trago no peito, não é suficiente para trazer toda a sua alegria, todo seu movimento, toda sua energia, toda sua VIDA! E, por tanto, meu amor sozinho não se basta. [ Christiana Chagas ]

Não vou me engaiolar

Não me prendo em mim mesma. Não vou me engaiolar com minhas certezas, com minhas convicções, limitando minha visão do mundo. Me dou o direito de duvidar. De minhas ideias, de meus ideais. De achar incoerências em minhas coerências. De virar-me do avesso! Não! ninguém tem que me aceitar como sou! me engolir! Não! não tenho que me aceitar como sou! me engolir! Me mastigo todos os dias. Me saboreio. Mas as vezes estou azeda, podre. Preciso me mastigar, me saborear, mas, jogar fora o que há de podre em mim. Preciso me mudar! mudar de posições, mudar de ideias, mudar minhas convicções, mudar de lugar! Andar, Mover, Crescer, Subir, Renascer. [ Christiana Chagas ]